Top 20 - #19 - Therion - Gothic Kabbalah (2007)

Taí, fiquei curioso pelo Silvio Rodríguez. Vou dar uma sacada e, se curtir, faço uma baladinha cubana, ai ai ai!

O Therion é uma banda, antes de tudo, imprevisível. Seja nas constantes mudanças em sua formação, que conta com o fundador Christofer Johnsson como único representante inicial. Fora ele, a banda é uma verdadeira concha de retalhos, com diversos músicos convidados ou contratados para turnês ou até mesmo gravação de discos oficiais de estúdio. O que poderia ser algo nocivo para qualquer outra banda, soou interessante no Therion. A banda sempre se reinventou, sempre buscou ultrapassar limites e, como sempre, ser original. Por mais paradoxal que essa última frase possa parecer.

Mas, mesmo imprevisível, a banda consegue deter algumas características que a classificam como "singular" ou "inovadora". Em 1989, lançando sua primeira demo, o Therion ainda era chamado de Blitzkrieg, e detinha uma sonoridade mais agressiva, mais relacionada com o Death Metal. A virada começou a acontecer em 1992, com o lançamento de Beyond Sanctorum, onde a banda começou a usar vocais limpos, teclados e instrumentos do Oriente Médio.

O álbum Theli lançado em 1996, consagra a banda como precursora de um novo estilo musical que ia além do Heavy Metal. As letras inspiradas em livros e vivências de Christofer, foram escritas muito tempo antes, mas a banda ainda não havia alcançado a maturidade necessária para que estas faixas fossem gravadas.

A partir daí, a banda começou a mesclar algo que era incomum para a época: Orquestras sinfônicas como parte integrante do disco, e não como "participação especial", além de cantos gregorianos e coros medievais. Na metade da década de 1990, isso ainda era visto como novidade e desconfiança. O Therion, entre outras bandas, foi a banda responsável pela disseminação dessa fusão do Heavy Metal com outros gêneros musicais.

O Gothic Kabbalah não é o melhor disco do Therion, mas é um marco na carreira da banda, pelo supremo uso de orquestrações, e do vocal potente de Mats Levén, consagrado vocalista, que tem uma participação espetacular no CD. O disco é uma fusão de tudo o que a banda já usou, ao longo de 20 anos de estrada: Passagens Black Metal; pura música clássica, música ambiente, gestas medievais.
Ouvir o Therion é sempre uma redescoberta, a cada acorde. Quem der uma sacada nisso, vá com certeza que não ouvirá clichês.

Disco 1
Disco 2

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