Novembers Doom - The Pale Haunt Departure (2005)

2005 marca o ano especial pra mim. Primeiro porque muitos discos extremamente interessantes foram lançados. Segundo, porque foi o ano que comecei a me aventurar no mundo das reviews de CDs de uma forma mais profissional, mandando meu material para sites especializados, e obtendo algumas boas respostas.

2005 foi o ano que eu conheci o Novembers Doom e Paul Kuhr, seu vocalista. Se você não conhece esse grupo, eles desenvolvem uma vertente do Metal chamada "Death/Doom". Riffs característicos do Death Metal, rasgados, cortantes, potentes, com a melodia muitas vezes arrastada do Doom Metal, com vocais lentos e aflitos. É um resumo grosseiro. Afinal, o Novembers Doom se caracterizou por sair da mesmice que virou esse sub-gênero, que, de uma hora pra outra, recebeu uma enxurada de bandas mais-do-mesmo. A técnica do guitarrista Lawrence Roberts, que deve ter o maior cabelo do Metal é impressionante, intercalando riffs matadores, com levadas quase que de baladas, numa mesma música.

O vocal de Paul Kuhr é algo de assombroso. Vocalista extremamente técnico, passeia entre o gutural e o límpido e cristalino com total desenvoltura.Conseguindo repetir exatamente o desempenho ao vivo do desempenho de estúdio, Kuhr consegue ter um dos vocais mais agressivos da cena, e mesmo assim qualquer pessoa que escuta consegue entender cada sílaba pronunciada por esse monstro. 2005 começou a demonstrar que eles não seriam apenas outra banda.



















O lançamento de The Pale Haunt Departure marcou o começo de uma nova fase para a banda. Apesar dos excelentes lançamentos anteriores, em termos de composições e de harmonia, esse disco superou tudo que o grupo tinha feito até então. Letras densas, introspectivas, com destaque para "Dark World Burden", com um refrão grudento:

I live in a dark world, where no light shines through.
I carry this burden with every step I take.
Thrust myself into a new days end.
And focus on the hour glass, to help pass the time.

A balança entre a agressividade do Death e a melancolia extrema do Doom alcançou seu equilíbrio perfeito no Novembers Doom. Paulo Kuhr consegue mostrar como produzir um disco de cunho extremamente pessoal, mas perfeitamente acessível, recheado de técnica e bom gosto. A banda, que entrou para o hall dos gigantes, lançou mais dois discos depois deste, igualmente ou mais espetaculares ainda, que aparecerão por aqui mais cedo ou mais tarde.

Hail, Novembers Doom!

Link nos comentários.

1 comentários:

Maurício Penedo disse...

http://rapidshare.com/files/36154523/2005_-_The_Pale_Haunt_Departure.rar

Postar um comentário

top